De mala e cuia... parte 1

Lá por 2014, Ingrid sempre me falava muito de Icaraizinho: me contava o quão isolado e paradisíaco era esse pedacinho do Ceará. Nunca botei muita fé, já sabia que essa parte do litoral nunca foi conhecida pelas suas ondas, e sim por sua temporada de bons ventos. Como eu trabalhava com Surf, sair de Maracaípe em Pernambuco para Icaraizinho não parecia uma boa ideia. 

Pra quem tiver vontade de conhecer um pouco mais do meu trabalho antes dos peixinhos  e como fui parar na fotografia, clica na foto que vai pro meu site!

Recém casados, já chegamos de mala e cuia, trazendo tudo o que cabia no nosso Up! Subimos o litoral e fomos ver como seria morar por aqui durante o tempo que Ingrid fosse ficar, inicialmente. Chegar aqui foi algo que me conectou com um tempo em que meu pai sempre falou que viveu durante sua infância: onde as pessoas se cumprimentam pela rua, se dorme de porta aberta, se come peixe fresco, o relógio anda devagarinho e tudo é bem mais simples. 

Já era. Como diz o ditado local "se beber da água daqui, vai ser difícil voltar pra casa" e assim começamos a conversa sobre fazermos de Icaraizinho o nosso cantinho! 

Dai pra frente tudo aconteceu mais ou menos assim: trocamos o carro no terreno e, enquanto Ingrid foi convocada para outra obra no Piauí, eu me mudei pro nosso "Lar, doce lar" para começar a obra da nossa casa. 

Entre concreto armado e a temporada de kitesurf fui dando prioridade a obra e me acostumando a essa vida que tem um ritmo muito mais devagar do que eu estava habituado. O kitesurf me surpreendeu assim que cheguei e, durante a temporada, percebi o peso que exerce no turismo nesta parte do litoral, gente de todos os lugares do mundo não paravam de chegar! Incrível!

Achei que assim que a casa tivesse pronta, minha vida iria ser dedicada a aprender e trabalhar exclusivamente com as fotografias de kitesurf. Foi aí que me enganei feio...

Continua ...